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Apenas o blog de um cara louco e cheio de ideias, tentando um pouco da sua atenção. Um lugar aonde você encontra assuntos abordados de uma maneira simples, rápida e de fácil compreensão. Está esperando o que para começar a ler?


Deadman (Capítulo 4)




Finalmente consegui escrever esse quarto capítulo! Está bem curtinho, não tem muita ação mas é um capítulo interessante! Espero que gostem!

Título: Deadman
Gênero: Suspense

Hank correu desesperado pelos quarteirões, alguém estava atrás de Olivia, ele precisava chegar a casa rápido antes que fosse tarde de mais.
O detetive estava suado, suas pernas começavam a doer, estava perdendo o fôlego, seu corpo já começava a desacelerar, mas ele não podia parar, não agora, já estava tão perto de casa. Cansado, Hank percorreu as últimas quadras que o separava de casa, já podia avistar ao longe o sobrado vermelho sobre luz da lua. Ele tomou fôlego mais uma vez e correu o mais rápido que pode, ao chegar em frente à casa nem se preocupou em pegar a chave para abrir a porta, se posicionou e arrombou a porta, subiu desesperado as escadas e chegou ao quarto aonde sua esposa estava em pé de camisola o observando assustada.
- Olivia... Você está bem?- o detetive falou ofegante.
- Estou sim, você me assustou, o que você está fazendo? – a mulher respondeu.
 - Você... Ligou-me... Tinha um assassino... Onde ele está?
-Assassino? Você andou bebendo?
- Não, olhe aqui está a chamada – ele puxou o celular do bolso e procurou pela chamada de sua esposa, mas não tinha nada lá -, ela estava aqui eu tenho certeza.
- Olha Hank, relaxe, tome um banho, venha dormir, você precisa descansar.
Olivia se aproximou do esposo, que estava paralisado, retirou seu sobretudo e lhe entregou uma toalha. Hank se direcionou ao banheiro, terminou de se despir, ligou o chuveiro e ficou debaixo da água, apenas a sentindo escorrer pelo seu corpo enquanto pensava no que tinha acontecido.
O detetive recebeu a ligação, ele escutou sua esposa desesperada, ele a ouviu pedir por socorro, será que apagara o registro da chamada sem querer? O que aquilo significava?
Foi nesse momento que ele se lembrou da voz que escutara dias atrás... Será que aquilo tinha sido uma ameaça?
Os pensamentos borbulhavam na cabeça de Hank e naquele momento até a coisa mais estúpida estava fazendo sentido, sua esposa deveria estar certa... Ele precisava dormir... Ou iria enlouquecer.

***

Já eram três horas da madrugada e o cérebro de Hank ainda não o deixara descansar, nem os remédios funcionaram dessa vez. Por mais estranho que isso possa parecer aquilo o deixava excitado, era a primeira vez que encarava um caso daqueles.
O detetive então desistiu de dormir, escreveu um recado para sua esposa e partiu para o seu escritório.
Ao dirigir através da cidade, Hank relembrou os velhos tempos. Fazia anos que não via a noite daquele jeito, quieta, escura, cheia da magia que o encantava quando era mais novo. O detetive relembrou os dias de glória, as horas que ganhara, as medalhas, a nostalgia tomou conta do seu ser, e por um momento ele se sentiu como aquele jovem detetive que vasculhava as cidades através da resolução dos mais diversos casos: assassinatos, roubos, conspirações e corrupções,
Mas o tempo passara, Hank estava velho, casado e tinha um filho, não podia colocar tudo isso a perder por causa de memória dos tempos de glória. Ela não era mais um solteirão cheio de charme, era só um pai de família careta agora, o detetive se pegou rindo de como o seu antigo eu odiaria saber no que ele tinha se tornado.
Hank estacionou o carro na garagem do prédio, subiu as escadas e foi ao seu escritório, lá ele ligou o computador e começou sua pesquisa.
O caso de Amanda era complicado de mais, Hank sabia que para um ladrão conseguir a maestria de controlar uma pessoa deveria antes ter treinado muito com outros casos, para se tornar tão habilidoso antes ele deveria ter cometido alguns erros, e eram esses erros que Hank estava procurando.
O sol começava a atravessar pelas persianas da janela de seu escritório quando finalmente Hank encontrou o que procurava. Era um site que reunia o acervo de um extinto jornal, existia uma matéria enorme bem detalhada sobre o caso da família Barker.
A notícia descrevia o que acontecera alguns anos antes. A família Barker era uma família da aristocracia que tinha uma fortuna enorme espalhada ao redor do mundo, era uma família feliz. Um dia os jornais estamparam a morte do casal, aparentemente a Sra. Barker descobrira que seu marido a tinha traído e então matara o marido e se suicidara em seguida. O filho do casal se recusou a acreditar nisso e contratou os serviços da detetive Evelyn Barker, sobrinha do casal e noiva do jovem herdeiro.
Meses se passaram e a detetive acabou viciada no caso, entrou em um caso grave de esquizofrenia e em um de seus surtos matou o esposo e o seu próprio filho. Atualmente a detetive vive em um hospital psiquiátrico naquela mesma cidade. Até hoje vários detetives se dispuseram a investigar as causas do assassinato e os motivos que levaram Evelyn ao surto, mas todos deixavam o caso sem explicação, exatamente como o caso de Amanda.
Obviamente aquela era apenas uma pequena possibilidade, mas era uma esperança para Hank. O detetive pegou o telefone, discou o número do hospital psiquiátrico e marcou um horário de visita, algo dentro de Hank gritava que ele estava certo, e ele pretendia acreditar nessa voz.

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