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Apenas o blog de um cara louco e cheio de ideias, tentando um pouco da sua atenção. Um lugar aonde você encontra assuntos abordados de uma maneira simples, rápida e de fácil compreensão. Está esperando o que para começar a ler?


Deadman (Parte 1)


Faz um tempo que falei que ia postar essa história mas agora finalmente consegui postá-la, essa primeira parte é na verdade uma apresentação da série, então ela vai ser um pouco mais lenta, mas os próximos capítulos vão ser bem mais eletrizantes!

Título: Deadman
Gênero: Suspense/Policial
Contém: Agressão Física



O sol estava extremamente quente aquele dia, e enquanto todos se refrigeravam em suas casas com ar condicionado, Hank se pendurava no teto para concertar o ventilador de seu escritório. Enquanto suava e se pendurava na cadeira Hank pensava nas palavras do vendedor:
-Esse ventilador é um dos melhores que tem no mercado, é super refrescante para os dias de calor, e está com um preço ótimo.
“Ah, se eu encontro aquele vendedor na rua...” Hank pensava.Nesse momento sua atenção foi direcionada para passos na frente de seu escritório. “Clientes?” ele pensou.
Fazia algum tempo que Hank não recebia clientes, por algum motivo as pessoas não procuravam mais detetives particulares, por mais que isso fosse algo mais vantajoso, e por isso seu escritório estava às moscas.
Hank rapidamente desceu de sua cadeira e sentou-se na cadeira atrás de sua escrivaninha, e então escutou alguém batendo na porta.
-Pode entrar!- Hank gritou.
Uma mulher entrou pela porta, alta, negra, um exemplar divino do sexo feminino.  Pelos seus modos e pela sua roupa Hank logo percebeu que além de uma cliente ele ganhara uma cliente rica.
-Boa tarde- Hank disse.
-Boa tarde- a mulher respondeu.
-Em que posso ajudar?
-O Senhor é o detetive particular Hank Johnson?
-Sou eu mesmo, sente-se, por favor.
A mulher puxou a cadeira, limpou a poeira com a mão e se sentou.
-Então o que a senhorita deseja?
-Sr. Johnson, eu tenho um caso para o senhor.
-Que tipo de caso? Roubo, assassinato, desaparecimento...
-Nenhum desses tipos, é um caso um tanto quanto difícil de explicar.
-Pode ficar tranqüila que eu entenderei.
-Bem, então vamos lá, meu nome é Rachel Morgan, esposa de Alfred Morgan, dono de uma das maiores empresas de exportação de petróleo do país, como o senhor deve saber.
-Claro, já ouvi o nome- Hank se lembrou muito bem das revistas que vira sobre Alfred, os carrões, as mansões, o dinheiro, e claro, a esposa.
-Pois bem, se o senhor leu os jornais nos últimos dias deve ter visto que minha irmã foi acusada de matar uma pessoa ontem, ela foi presa, e esse é o meu caso, eu tenho certeza de que ela é inocente, e eu quero que o senhor prove.
-Tudo bem, eu vou começar a investigar.
-Grata por isso.
Rachel se levantou e saiu. Hank sabia que aquele caso seria em vão, provar a inocência de uma pessoa era difícil, burocrático e até mesmo impossível ele lera algo nos jornais sobre aquele caso, na verdade ele tinha lido de manhã cedo, ainda tinha em cima da mesa a reportagem.
Segundo o jornalista a irmã de Rachel, Amanda Armstrong, fora acusada de matar um traficante de drogas, haviam inúmeras provas que apontavam contra ela, digitais, a arma do crime, entre outras coisas. Provar a inocência de Amanda era algo inútil, já que estava claro de que era realmente ela quem tinha matado o traficante, mas como fazia um bom tempo que Hank não tinha um caso ele resolveu investir mesmo assim.


***
Amanda poderia ser considerada tão encantadora quanto a irmã, tão delicada que nem poderia se dizer que ela seria capaz de matar uma pessoa, pelo menos essa foi a primeira impressão que Hank teve ao vê-la na penitenciária.
-Quem é você?- Amanda disse ao ver o homem desconhecido.
-Meu nome é Hank Johnson, eu estou aqui para provar sua inocência.
Amanda sorriu.
-Rachel conseguiu! Achei que ninguém iria aceitar esse caso.
-Eu fiquei bem tentado a não aceitar.
-Como assim?
-Amanda, suas digitais estavam no corpo, a arma do crime foi encontrada em sua casa e testemunhas te viram fugindo do lugar do crime aquela noite, me parece um tanto improvável que você seja inocente.
-Você não acredita em mim?
-De verdade? Acho que não.
-Você só escutou o lado divulgado da história.
-E qual é a sua versão?
-Detetive, eu sou uma mulher decente, trabalho duro, eu trabalhei aquele dia, voltei para casa e assisti televisão como em qualquer dia comum, só que quando eu acordei estava com uma faca nas mãos e tinha um corpo do meu lado, em uma rua completamente estranha para mim.
-Só isso?
-Só.
Hank queria saber se seria possível provar a inocência daquela mulher. Era óbvio que ela era culpada, não havia outra opção plausível.
-Acho melhor eu ir embora- Hank disse.
-Você vai me ajudar?- Amanda perguntou.
-Eu vou investigar, se for possível que essa sua história confusa seja a verdade eu conseguirei te ajudar, mas isso será muito difícil.
-Impossível você quer dizer.
Hank sabia que ela tinha razão mas prossegui sem falar nada.

***

Hank já tinha jantado e agora estava pesquisando mais sobre o caso de Amanda com os arquivos que conseguira da polícia, quando sua esposa o abraçou por trás.
-E como está o caso?- ela disse.
-Impossível.
-Como assim?
-Não há chances de Amanda ser inocente, isso é uma declaração oficial.
-Não desanime, tente olhar mais profundamente no caso, use o cérebro. Talvez seja possível.
-Olivia, você anda lendo Agatha Christie de mais.
Olivia se sentou ao lado de Hank no sofá e lhe entregou um embrulho.
-É para o seu escritório- ela disse.
Ele abriu, era um daqueles pêndulos compostos de cinco bolas, se pegava a da frente e soltava, ela ia em direção às outras, a energia era absorvida e passada até a última que por sua vez balançava e repetia o circuito.
-Interessante- Hank disse.
-Que bom que gostou, agora o que acha de subirmos lá para cima agora?
-Um minuto para arrumar isso.
Olivia subiu as escadas para o segundo andar e deixou Hank arrumando a papelada. De repente Hank parou e ficou encarando o pêndulo, ele sempre gostou daquele brinquedo, lembrou-se que seu avô tinha um daqueles no escritório, ele se sentou no sofá e ficou observando e lembrando-se de como gostava daquilo na infância e dormiu.

***

Hank acordou numa rua escura, não havia ninguém lá, o poste mais perto ficava à alguns metros, mas mesmo assim ele pode ver o que tinha em suas mãos, uma faca, e de sua lâmina gotejava sangue, que estava também em sua roupa. Hank olhou para baixo e viu um cachorro estrangulado, morto aos seus pés, e de repente em sua cabeça escutou.
-Hoje foi um cachorro, mas se você não deixar o caso Srta. Armstrong de lado algo muito pior pode acontecer.
Hank não podia acreditar: Amanda realmente era inocente.

2 comentários:

  1. Realmente um começo muito perturbador e cheio de mistérios. Amanda é inocente, e Hank acabou de matar um cachorro, mesmo não querendo e essa pessoa misteriosa que falou com ele tem algo haver com o caso não? Muito intrigante, quero ler o próximo para saber mais! Ah, estórias policiais são sempre otimas, Agatha Christie é uma das minhas escritoras favoritas!

    Bjs e até

    daimaginacaoaescrita.blogspot.com

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  2. Interessante história, mistérios que prendem o leitor e pede a sual volta. Seguirei. Abçs.

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